terça-feira, 24 de julho de 2007


E no momento sepulcral


Do enterro do meu corpo


Encontrarei a paz afinal pois enfim estarei morto


De que me vale a juventude


Se a desperdiço pensando


Jovem sem atitude


Por pensar demais vai definhando


Sinto falta do que nunca tive


Quero coisas que nunca vi


Conheço lugares onde nunca estive


Sinto saudades de um tempo que não vivi


A dor e a angústia me consomem


Desespero maior não existe


Como pode alguém tão jovem


Dizer palavras tão tristes


O sombrio cemitério


E seu aspecto mortuário


É o fúnebre império


Do coveiro solitário


Eu sou a vida e a morte


Ambas habitam minha mente


Não sou fraco, nem sou forte


Sou simplesmente diferente


Minha vida é cheia de sonhos


Que nunca se tornam realidade


Minha mente é povoada demônios


Sou vítima de minha insanidade


Não notarão quando eu houver partido


Pois morrerei uma morte sem sentido


Como se eu nunca tivesse existido


Eu morrerei, porém sem nunca ter vivido


Estas figuras angelicais,


Que compõem esta doce paisagem,


Não estragarei mais,


Com minha sombria imagem.


Sonhei com você noite passada


Mas sonhos não valem nada


Pois sonhos são pura ilusão


E na vida sempre predomina a razão.

Um comentário:

Lana Alves disse...

quase te plagiei... Parabéns pelo poema.. xará!!