
A ESCURIDÃO
Tenho medo. de noite, quando não consigo dormir, a morte
ressuscita mortes.
Deitado sobre a cama, uma mão negra desce do tecto para tocar-me no peito.
Tenho medo.
Silêncio e frio sobre o meu corpo.
Olho para dentro de mim e não vejo nada.
Tenho medo.
Todos os que me chamam de dentro da escuridão, sabem que há uma casa com paredes antes de mim, sabem que eu não sou aquele que ilumina o mundo.
Tenho medo.
Quando não consigo dormir e prolongo as noites, a culpa envolve-me de medo e frio, o silêncio diz-me para esperar, pois o descanso virá com a noite maior,
a noite em que a manhã nunca chegará.
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