terça-feira, 12 de fevereiro de 2008


FUNERAL SÓRDIDO


Este é o lar da saudade

Onde tudo é triste e mórbido

O fim e o começo - a liberdade

Em campas de sentimento sólido

E segue silencioso o funeral

E vai a amarga procissão

Em vez de rezas, lamentos

Em vez de santo, um caixão

Os prantos, um murmúrio profundo

Como o fúnebre "Requiém":

Lacrimosa

E os carvalhos e chorões moribundos

Balançam ao vento numa dança caótica

Não olhe-os com pena ou compaixão

Pois estes são sentimentos malditos!

Também não chore nem acompanhe-os

Não entenderás a dor dos parentes e amigos

Vejo que o seu olhar está confuso e distante

Deves estar curioso pelo que ocorreu...

Aquela que grita e chora é minha mãe

E aquele que em paz descansa sou eu.

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