FUNERAL SÓRDIDO
Este é o lar da saudade
Onde tudo é triste e mórbido
O fim e o começo - a liberdade
Em campas de sentimento sólido
E segue silencioso o funeral
E vai a amarga procissão
Em vez de rezas, lamentos
Em vez de santo, um caixão
Os prantos, um murmúrio profundo
Como o fúnebre "Requiém":
Lacrimosa
E os carvalhos e chorões moribundos
Balançam ao vento numa dança caótica
Não olhe-os com pena ou compaixão
Pois estes são sentimentos malditos!
Também não chore nem acompanhe-os
Não entenderás a dor dos parentes e amigos
Vejo que o seu olhar está confuso e distante
Deves estar curioso pelo que ocorreu...
Aquela que grita e chora é minha mãe
E aquele que em paz descansa sou eu.
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